Pepsinogênio I e úlcera duodenal / Serum pepsinogen I and duodenal ulcer

Neste artigo de revisäo procurou-se enfocar o papel do pepsinogênio/pepsina desde sua descoberta até sua aplicaçäo prática que, à semelhança do teste de secreçäo gástrica de ácido clorídrico, apresenta padröes diferentes de secreçäo basal ou estimulada na úlcera péptica, gastrite etc. Säo avaliados os métodos de determinaçäo do pepsinogênio, verificando-se que apesar da utilizaçäo do radioimunoensaio, outros métodos menos sofisticados, porém com alta especificidade, têm sido usados com sucesso. Os níveis séricos de pepsinogênio (NSP) após estímulo com Histalog discriminam pacientes com úlcera duodenal de indivíduos normais e säo mais elevados em homens do que em mulheres. É feito um paralelismo entre os pepsinogênios I e II verificando-se níveis mais elevados do pepsinogênio I em fumantes. O pepsinogênio I está aumentado na úlcera duodenal e o II na úlcera gástrica, e os dois tendem a caracterizar uma predisposiçäo genética para úlcera péptica. Finalmente, a principal aplicabilidade clínica da determinaçäo dos NSP do grupo I é na detecçäo da gastrite atrófica, em funçäo de seu potencial para o cáncer gástrico

Ulcera duodenal (V.D.) e fatores de risco: influência do tratamento com misoprostol / Duodenal ulcer (D.V.) and risk factor: misoprostol treatment influence

Duzentos e trinta e cinco pacientes com úlcera duodenal (U.D.) foram submetidos ao tratamento com Misoprostol 400 mcg 2 vezes ao dia durante 4 semanas, procurando-se avaliar a influência dos fatores de risco (fumo, café e álcool) sobre a cicatrizaçäo. Os pacientes realizaram exame endoscópico antes e ao final da quarta semana, com avaliaçäo clínica adicional ao final da segunda semana. O índice de cicatrizaçäo, ao final da investigaçäo, foi de 70,6% quando se considerou todos os 235 pacientes que iniciaram o estudo; 77,9%, computando-se os 208 pacientes que completaram as 4 semanas de estudo, mais os cinco que foram prematuramente afastados devido ou à piora dos sintomas (dois), ou em razäo de reaçöes indesejáveis (três); e, de 19,8% se considerarmos unicamente os 208 que foram reexaminados ao final da quarta semana. Alteraçäo na consistência das fezes e diarréia ocorreram em 37% dos pacientes, porém, em apenas dois pacientes (0,85%) ela foi suficientemente severa a ponto de obrigar à suspensäo da medicaçäo. Näo se observou diferença significativa nos índices de cicatrizaçäo entre tabagistas e näo fumantes, etilistas e abstêmios e os que tomavam café e aqueles que näo o faziam, sugerindo que o Misoprostol, provavelmente inibiu a açäo nociva destes fatores de risco